Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, primo do deputado federal Nikolas Ferreira(PL-MG), foi preso em flagrante por tráfico de drogas na semana passada, em Uberlândia (MG), durante fiscalização da Polícia Federal na BR-452.
Ele conduzia um Toyota Etios prata no momento da abordagem. Os agentes localizaram 30,2 kg de maconha e cerca de 4 gramas de cocaína no compartimento traseiro do veículo.
Segundo a Polícia Federal, Glaycon admitiu que faria o transporte da droga até a cidade de Nova Serrana (MG), sem fornecer informações sobre o destinatário.
Um segundo ocupante do automóvel foi ouvido e liberado. Glaycon foi identificado por meio de consulta a bancos de dados oficiais, pois não portava documentos no momento da abordagem.
Após a detenção, o caso foi encaminhado à Justiça estadual. A defesa do acusado solicitou liberdade provisória, mas o juiz José Roberto Poiani, da Comarca de Uberlândia, decidiu pela conversão da prisão em flagrante para preventiva.
Na decisão, o magistrado argumentou que o volume de entorpecentes apreendidos justificava a manutenção da custódia, mesmo diante do fato de o acusado ser réu primário, possuir residência fixa e vínculo empregatício.
Glaycon está atualmente custodiado no Presídio Professor Jacy de Assis, uma das principais unidades prisionais do Triângulo Mineiro, que abriga tanto presos provisórios quanto condenados.
Quem é o primo de Nikolas Ferreira

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados - 02/08/2023
Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG)
Ele é filho de Enéas Fernandes, ex-candidato à prefeitura de São Gonçalo do Abaeté e aliado político de Nikolas Ferreira.
O parlamentar apoiou publicamente a candidatura do tio e destinou aproximadamente R$ 1,5 milhão em emendas parlamentares para Nova Serrana entre abril e junho de 2024, município em que Enéas também manteve atuação política.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais confirmou ao Portal iG a prisão. A reportagem procurou a assessoria do deputado Nikolas, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
A Polícia Civil segue investigando o caso para apurar possíveis conexões com outras atividades criminosas.